Menos gente, mais espaço: assim serão os escritórios depois da pandemia

Escritórios e espaços de trabalho sofrerão alterações ao retornarem suas rotinas.

Após cinco meses e dois lemas (“Fique em casa” e “Vai passar”), o surto de Covid-19 já não pode ser visto “apenas” como mais um caso de saúde pública mundial. Ao afetar incontáveis setores da sociedade, a pandemia ganhou uma dimensão impensável: a de bússola do futuro daqueles mesmos segmentos que infectou.

Além de devastar empregos, a doença mexeu – e seguirá mexendo – com aqueles que conseguiram manter seus postos. Milhões de trabalhadores de todo o planeta foram levados ao regime de home office desde o advento da quarentena. Grandes empresas como Twitter deixaram a opção para seus funcionários, os quais a ocupação permitir, de seguirem nesse modelo de trabalho, para sempre; já o Google e o Facebook prolongaram o expediente remoto até 2021.

Frente às ameaças de contágio, algumas novas diretrizes serão tomadas. A começar pelo acesso dos funcionários aos prédios das empresas, com a verificação de temperatura de cada transeunte, possibilitando, ou não, a entrada em seus locais de trabalho. Além disso, as empresas passarão a adotar o QR Code (código de barras bidimensional), leitor facial ou leitor de íris para garantir a entrada dos colaboradores.

Como será o futuro

No escritório do futuro pós-pandemia não haverá espaço para acumulação nem, tampouco, para objetos amontoados. Os mobiliários, agora separados por paredes de acrílicos, serão compartilhados e possuirão espaço apenas para o computador, na sua grande maioria, laptops. Objetos pessoais – como bolsas e até mesmo o próprio material de escritório usado no dia a dia – ficarão armazenados em lockers (armários com cadeado), instalados em espaços localizados em regiões afastadas da área de trabalho.

As salas de reuniões terão sua capacidade de ocupação reduzida e, em alguns casos, terão suas estruturas modificadas para garantir, assim, uma melhor ventilação do ambiente.

Outras medidas para reduzir a aglomeração de pessoas serão adotadas, como a flexibilização dos horários de entrada e saída dos funcionários, além da criação de escalas para as refeições.

Outra importante mudança será a implantação de tecnologia a fim de evitar contatos físicos. Um exemplo prático será em relação ao acesso aos banheiros: a ideia é criar sistemas de acionamento automático que evitem que os trabalhadores toquem em peças como maçanetas; o acionamento através do pé do usuário para válvulas de descarga; assim como o acionamento automático para torneiras, saboneteiras e secadores de mãos. Sensores de iluminação, é claro, também serão uma verdade, tudo meticulosamente pensado para se evitar o contato com os objetos.

Toda essa tecnologia deverá vir acompanhada de um novo protocolo em relação a higienização das áreas comuns. A limpeza comum e periódica será substituída por rotinas diárias de higienização de ambientes e superfícies, com produtos especiais. Até mesmos todos os materiais que adentrarem ao escritório também deverão passar por um processo próprio de higienização.

Com a propagação do novo e temido Coronavírus, já se sabe que nada será como antes no mundo corporativo. Mas vale lembrar que essa não é a primeira e, com certeza, não será a última revolução pela qual passam os ambientes de trabalho na era contemporânea. Afinal, uma das constâncias em que o mundo gira é a mudança e devemos sempre estar aptos à vivê-la.

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